“Jonas. Kelly. Hoje o discurso não é para vocês. É para os pais de
vocês.
Quem nos dá as maiores alegrias?
Quem nos faz amargar dores sem
remédio?
Quem dá um espirro e nós que ficamos gripados?
Quem, com um
soluço, nos faz desmontar em lágrimas?
Com um sorriso, faz o dia mais
cinzento brilhar como só num impossível caribe?
Quem mora na nossa cabeça, como um ocupante bem-vindo e eterno?
Quem nos
mostra, com todas as letras, que não somos nada, não servimos para
nada, além de servir?
Quem, com uma nota baixa, consegue despertar nossa
fúria?
Com um biquinho, acaba com nossa marra?
Quem nos criva de
preocupações?
Nos rouba noites de sono, por uma palavra não dita, pelo
telefone que não toca?
Quem nos faz acordar antes do sol, para que não se perca a hora de
dizer, sem falta: presente!?
Quem nos reapresenta à vida e nos faz ver o
mundo como se fosse pela primeira vez, de novo?
Quem nos revela nossa
velhice e decadência?
Por quem seríamos capazes de morrer?
E ainda
assim, quem nos faz imortais?
Ora, quem?
Me digam?
Vocês sabem?
Pois é,
os filhos…
Tenho por você, Jonas, e por você, Kelly, um carinho paternal…
Entre
tantos jovens, jovenzitos, que moraram aí, nesse BBB12, vocês dois são
os que mais evidentemente trazem ainda uma inocência de criança.
E pagam
por isso, pois são, sim, culpados do crime atroz e inafiançável, o
crime inegável e sem atenuantes de ser… jovem.
onas, grande criança! Kelly, meu broto brotinho…
O lugar que eu falei
que um de vocês vai acordar amanhã, que tem Paredão todo dia, Prova da
Comida todo dia, não existe Anjo, Líder, como um presidente da República
precisa ter, pelo menos, 50 milhões de votos, esse lugar é aqui fora. E
é pra cá que você vem agora, Kelly”.
Compartilhe este artigo :
Postar um comentário